Por Brian Garvey
Da Página do MST
Por que, de novo, um grupo de pessoas que se opõe à desigualdade, que insiste no direito à terra, à alimentação e à dignidade enfrenta a criminalização aqui no Brasil?
Por que as mesmas pessoas que lutam pelos pobres, que educam, que encorajam os oprimidos, são acusadas de transgressões?
Quando os poderosos viraram as costas para o povo em meio a uma pandemia global, o MST fornecia comida para quem estava no campo e na cidade. Eles ajudaram as pessoas a evitar a fome, o desespero e a morte.
Só pode ser neste mundo atual de tantos absurdos, que educadores como nós, longe das lonas dos acampamentos dos que insistem na reforma agrária, sejam obrigados mais uma vez a clamar pelo fim da opressão de um movimento.
O Brasil teve a posição nada invejável como o país mais perigoso do mundo em ataques contra ativistas sociais no ano passado. Aqui, vemos um ataque a uma organização que, apesar da opressão, dos ataques a seus assentamentos, dos assassinatos de seus ativistas, continuou a construir um movimento determinado e não violento.
Tem sido uma inspiração para todo o mundo para a democracia, para a agroecologia, para os direitos à terra, à alimentação e à dignidade. A justiça brasileira deveria retirar imediatamente esta Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Que a marcha pela reforma agrária continue por muito tempo, e me uno às inúmeras vozes que pedem o fim desta investigação politicamente motivada.
Brian Garvey
Department of Work, Employment and Organisation, University of Strathclyde
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Apoio de Brian Garvey, do Departamento de Trabalho, Emprego e Organização da Universidade de Strathclyde, UK
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